Balança comercial brasileira tem superávit recorde
RECORDE HISTÓRICO
Em meio a atual crise econômica, a balança comercial brasileira acumulou novo recorde histórico. As exportações superaram as importações em cerca de US$ 6,6 bilhões em agosto. No acumulado do ano, o superávit soma US$ 36,594 bilhões. Isso faz o país acumular o oitavo mês consecutivo de superávits mensais.
Esse é o melhor resultado para o mês de agosto desde 1989.
O QUE EXPLICA O FEITO?
Três apontamentos ajudam a melhor compreender o recorde em um cenário de crise.
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A queda nas importações: A Argentina e União Europeia, parceiros estratégicos na relação comercial com o Brasil, apresentaram quedas volumosas no primeiro semestre do ano. Os Estados Unidos, outra parceria crucial na compra de produtos brasileiros, reduziu sua demanda em cerca de 25,9% somente neste ano.
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China: A demanda asiática está muito resiliente à pandemia, o que favorece ao aumento do volume exportado pelo Brasil. A venda de soja, é uma prova disto. Puxada por países asiáticos, a venda desta commodity cresceu 35,2% nos sete primeiros meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Os benefícios deste bilateralismo comercial estão traduzidos no aumento de 15,4% na compra de produtos brasileiros na comparação entre janeiro a julho de 2019 e 2020.
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O câmbio desvalorizado: A depreciação do real frente ao dólar faz com que o preço dos produtos importados subam, ao mesmo tempo que torna os produtos nacionais mais baratos e competitivos, o que consequentemente traz o crescimento na taxa de exportação brasileira.
EXPORTAÇÕES
A soja e o algodão merecem destaque entre os produtos com maior crescimento das exportações. O valor vendido de soja aumentou U$ 443,3 milhões em relação a agosto do ano passado e de algodão bruto aumentou U$ 80,9 milhões.
Apesar dos volumes de ferro embarcados se manterem estáveis e do crescimento do volume de petróleo em 21%, as quedas dos valores das exportações de minério de ferro e óleos brutos de petróleo são explicadas pela variação negativa dos preços internacionais em comparação com o ano passado.
Ainda vemos quedas nas exportações de motores e máquinas não elétricos, celulose e óleos combustíveis de petróleo. Além da pandemia, a crise na Argentina também contribuiu para o resultado.
CAUTELA
A saúde econômica do país não surge apenas com a sequência de superávits mensais. O aumento proporcional no volume de importações e exportações é o mais importante, como explica o especialista Lucas Ferraz, secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia: “No longo prazo, o nosso objetivo continua sendo, via aumento da inserção internacional da economia brasileira, aumentar a corrente de comércio: as importações e as exportações. Não existe grande exportador que não seja grande importador”.
A cautela também deve ser sentida nas importações brasileiras. A principal retração foi no setor de combustíveis e lubrificantes, com queda de 32,9% em relação a janeiro-julho de 2019 e 2020. O setor de produtos eletrônicos, obteve queda de 14,9% nas importações, seguidos por bens intermediários, que atingiu declínio de 11,2%. Vale também ressaltar a retração neste ano do PIB projetada para 6,1%.
ESTIMATIVAS 2020
Em 2019 a balança comercial encerrou com o segundo maior resultado positivo, U$ 48,035 bilhões.
A previsão atualizada para 2020, com toda a pandemia que vivemos, é de um saldo positivo de U$ 55,4 bilhões.
Diante desse cenário, com setores ainda abalados pelos efeitos da COVID-19, a economia dá seus passos para recuperação. Alguns setores podem até se beneficiar com a crise, e outros sofreram menos, como produtos farmacêuticos, equipamentos para a área de saúde, gêneros alimentícios, produtos para a casa.
É um momento delicado para a economia como um todo. No entanto, é possível encontrar boas oportunidades para investimento, ainda que com cautela. Os e-commerces e canais de vendas online tiveram um grande crescimento e podem ser uma boa alternativa, com custo x benefício atraente.
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