Estratégias para Superar Barreiras Não Tarifárias na Exportação de Calçados: Como Alcançar Novos Mercados
O Brasil possui uma importante participação no comércio global de calçados, alcançando uma receita de US$1,2 bilhão em embarques em 2023. A Argentina, os Estados Unidos, a Alemanha, a França e o Paraguai se destacam como os principais destinos.
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Apesar de bem lucrativa para as empresas, a exportação de calçados é uma atividade complexa e repleta de desafios, principalmente devido às barreiras não tarifárias que impõem requisitos rigorosos para a entrada de produtos em mercados estrangeiros. Hoje nós iremos entender como essas barreiras representam obstáculos significativos para os exportadores e como a adoção de estratégias eficazes pode ajudar no acesso de novos mercados.
O que são barreiras não tarifárias na exportação de calçados?
Como o próprio nome sugere, as barreiras não tarifárias são restrições ou regulamentações impostas por países para controlar a entrada de produtos estrangeiros sem o uso de tarifas ou impostos diretos.
No caso da exportação de calçados, essas barreiras podem incluir normas técnicas, certificações, regulamentações sanitárias, requisitos de segurança, rotulagem, e até mesmo normas ambientais, cabendo a cada exportador analisar o seu público alvo e entender as exigências do país de destino, evitando assim problemas com as autoridades internacionais.
Quais são as estratégias mais eficazes para superar barreiras não tarifárias?
Uma das estratégias que pode ser utilizada para superar esse tipo de desafio é a obtenção das certificações necessárias para cada mercado, garantindo além da certificação do produto em si, a verificação de que toda a cadeia de produção atende aos padrões exigidos. Por exemplo, certificações como a ISO 9001 para gestão de qualidade e a ISO 14001 para gestão ambiental podem ser requisitos essenciais em alguns mercados.
Outro ponto de atenção está relacionado ao design do produto, os materiais e os processos de fabricação para atender às especificações técnicas dos mercados-alvo. A depender dos seus insumos, essa alteração pode incluir ajustes na composição dos materiais, reforço da segurança do produto ou mudanças no processo de produção para atender aos padrões locais.
Outra estratégia que a sua empresa precisa adotar ao buscar expansão internacional, seja no mercado de calçados ou qualquer outro segmento, é manter um diálogo aberto com as autoridades reguladoras do país de destino, o que pode facilitar o processo de certificação e garantir que todos os requisitos sejam claramente compreendidos e atendidos. Além de estabelecer parcerias com distribuidores ou representantes locais, ajudando assim a entender melhor o mercado e suas regulamentações.
Quais certificações são necessárias para exportar calçados para a União Europeia?
Para exportar calçados para a União Europeia (UE), os exportadores precisam garantir conformidade com várias certificações e regulamentações como a Certificação CE (Conformité Européenne), que é obrigatória para calçados que possuem características de Equipamento de Proteção Individual (EPI). Para obter esta certificação, o produto deve passar por testes rigorosos de segurança e qualidade realizados por organismos notificados pela União Europeia.
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Outra importante certificação é o Registration, Evaluation, Authorisation and Restriction of Chemicals (REACH), que limita o uso de certas substâncias químicas perigosas.
A UE também exige rotulagem detalhada sobre a composição dos materiais, país de origem, e informações sobre o fabricante, ela deve ser precisa e clara, de acordo com os regulamentos do bloco.
Como garantir a conformidade regulatória ao exportar calçados para os EUA?
Caso o seu público alvo seja os Estados Unidos, outros requisitos devem ser levados em consideração. Confira algumas das exigências regulatórias do país:
Segurança
A Comissão de Segurança de Produtos de Consumo (CPSC) dos EUA regula os padrões de segurança para calçados, especialmente para crianças. Os calçados devem passar por testes de segurança para garantir que não contenham partes pequenas que possam ser engolidas, materiais tóxicos ou outros riscos.
Regulamentação de rotulagem
A rotulagem deve incluir informações detalhadas sobre o material dos calçados, país de origem, e outros dados conforme os requisitos da Federal Trade Commission (FTC).
Materiais utilizados
Os EUA têm regulamentos específicos sobre o uso de determinados materiais, como chumbo e ftalatos, que são proibidos ou restritos. A conformidade com essas regras deve ser garantida através de testes laboratoriais de segurança.
Como adaptar a produção de calçados para atender às exigências internacionais?
Para atender às exigências internacionais, os fabricantes de calçados devem ajustar seus processos de produção e a seleção de materiais. É muito importante utilizar materiais que estejam em conformidade com as normas internacionais de segurança, saúde e meio ambiente, evitando assim substâncias químicas proibidas e garantindo que todos os componentes estejam dentro dos limites regulatórios.
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Implementar controles de qualidade rigorosos e auditorias frequentes para garantir que todos os produtos estejam em conformidade com as normas técnicas e regulamentações exigidas pelos mercados de destino também é uma ação crucial a ser tomada por exportadores.
Que papel a logística internacional desempenha na superação de barreiras não tarifárias?
logística internacional desempenha um papel crucial na superação de barreiras não tarifárias, garantindo que os produtos cheguem ao destino final em conformidade com todas as exigências regulamentares. Escolher métodos de transporte que garantam a integridade do produto durante o trajeto, evitando danos ou contaminações que possam violar regulamentações de qualidade e segurança, é uma etapa muito importante. Por isso, fique atento!
Além disso, garanta que toda a documentação, como certificados de origem, relatórios de conformidade e documentos alfandegários, esteja completa e de acordo com os requisitos do mercado de destino. E, claro, esteja em contato com todos os envolvidos no processo para garantir que os produtos sejam entregues no prazo, evitando problemas com a validade de certificações ou sanções por atraso.
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