O Futuro do Vinho: Tendências e Oportunidades no Comércio Global
O vinho é uma das bebidas mais consumidas e antigas do mundo. Apreciado desde a antiguidade, este produto carrega não apenas sabor, mas também a história e cultura da humanidade. Por todos estes fatores, não é à toa que ele ocupa um lugar importante e promissor dentro do mercado internacional.
Abordaremos o atual cenário do comércio internacional de vinhos no Brasil e no mundo, como funciona a importação de vinhos no Brasil e quais são as perspectivas futuras para esse campo de negócios.
Qual é o panorama atual do comércio internacional de vinhos?
O vinho está entre os 100 produtos mais importados e exportados do mundo e seu mercado movimenta bilhões de dólares todos os anos!
Quem são os maiores exportadores de vinho?
Os cinco maiores exportadores de vinho, conforme dados da OIV, são:
- Itália;
- França;
- Espanha;
- Austrália;
- Chile.
E os principais importadores de vinhos?
Por outro lado, os cinco maiores importadores são:
- Estados Unidos;
- Reino Unido;
- Alemanha;
- China;
- Canadá.
Como está posicionada a Europa no mercado de vinhos?
O mercado de vinhos europeu não é apenas relevante quando se trata de exportação, afinal certos países da Europa também representam uma parte significativa da produção e do consumo dessa bebida. Os países que lideram a produção mundial de vinhos são a Itália, a França e a Espanha. Já Portugal, com o famoso vinho do Porto e demais variedades da bebida, está no top 5 dentre os maiores produtores europeus e o maior consumidor de vinhos per capita do mundo, com uma média de 62 litros por pessoa no ano, seguido da França (52,2 litros/pessoa) e Itália (43,6 litros/pessoa).
Qual é a situação do consumo de vinho na América Latina?
No que tange à América Latina, Argentina e Chile apresentam altos índices de consumo, 24,8 litros/pessoa e 15,8 litros/pessoa, respectivamente. O Brasil, em contrapartida, mostrou taxas de consumo menores, 2 litros/pessoa, sendo o estado do Espírito Santo com o maior consumo de vinho per capita (6,2 litros/pessoa), na frente de Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Mesmo assim, o mercado brasiliero é muito promissor e possui características próprias.
Como o Brasil se posiciona no comércio internacional de vinhos?
Com uma produção de 2 milhões de hectolitros de vinho, aproximadamente, o Brasil ocupa a sexta posição de maior produtor no hemisfério sul.
Já existem mais de 1000 vinícolas no Brasil, das quais 90% representam micro ou pequenas empresas. A região sul e o Vale do São Francisco são as maiores e mais famosas por apresentarem clima favorável para a produção.
Qual é o volume de exportações de vinhos do Brasil?
O volume das exportações brasileiras no comércio internacional de vinhos segue em constante crescimento, sendo os principais destinos o Paraguai, Estados Unidos, Reino Unido, Equador, Colômbia e Chile.
Para entender os requisitos básicos para exportar bebidas alcoólicas para os EUA, evitando problemas com os órgãos americanos, clique aqui e confira o nosso conteúdo sobre esse assunto tão importante e cheio de detalhes!
Outra peculiaridade do mercado de vinhos brasileiros é sua performance em canais online. O Brasil é o terceiro maior mercado de vinhos em vendas digitais, representando quase um terço de todas as garrafas comercializadas na internet pelo mundo.
Quais são os requisitos para importação de vinhos no Brasil?
O mercado de bebidas alcoólicas movimenta milhões de dólares todos os anos!
Todavia, o procedimento para importação de bebidas alcoólicas é mais complexo e burocrático do que para outros produtos, pois existem muitos detalhes que demandam atenção.
Quais documentos são necessários para a importação de vinhos?
Em primeiro lugar, algumas documentações são fundamentais e requisitadas, como:
- CNPJ com uma Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) voltada para a importação de bebida alcoólica;
- Habilitação em uma das modalidades do Radar (Registro no Siscomex na Receita Federal);
- Registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), responsável pelo registro e classificação dos estabelecimentos de industrialização e importação de vinho e seus derivados. Você pode solicitar este registro pelo Sipeagro;
- Cadastro de um requerimento de importação no Sistema de Informações Gerenciais do Trânsito Internacional de Produtos e Insumos Agropecuários;
- Certificado de origem e de análise do produto emitido por um órgão oficial ou oficialmente credenciado do país de origem;
- Licença de importação (LI);
- Licença simplificada de importação (LSI).
Esses são alguns dos documentos mais importantes para importar bebidas alcoólicas no Brasil, todavia há outros que também são exigidos pela lei brasileira. Você pode encontrar a lista completa no anexo XLI da Instrução Normativa n.º 39 (27 de novembro de 2017), que segue a regulamentação do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro).
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Como é o processo de fiscalização e liberação de vinhos importados?
Após reunir toda a documentação necessária, ela deve ser apresentada ao Mapa a fim de que ele a analise. Assim que o processo é protocolado, inicia-se uma fiscalização para verificar os documentos e, caso todos estejam coerentes com as leis brasileiras, o produto importado é liberado.
Depois disso, é preciso comunicar às autoridades governamentais para que elas coletem uma amostra do vinho e façam uma análise para identificar se existem substâncias, como cinzas, corantes, sulfatos, cloretos, entre outros, nos vinhos importados.
Com tudo certo, o Mapa inspeciona os laudos e documentações novamente para seguir com a emissão do Certificado de Inspeção o qual, uma vez emitido, torna o produto apto a ser comercializado no mercado interno brasileiro.
Quais são as exigências legais para rotulagem de vinhos importados no Brasil?
Além disso, no que diz respeito aos rótulos, a legislação brasileira obriga que eles contenham as seguintes informações:
- Nome do vinho;
- Tipo da uva;
- Marca;
- Ingredientes;
- Safra;
- Lote;
- Conservantes;
- Validade;
- Graduação alcoólica;
- Nome e registro do importador;
- Expressões ‘evite o consumo excessivo de álcool“ é proibido para menores de 18 anos”.
No momento da liberação, caso falte algum desses tópicos, o Ministério da Agricultura vai exigir que eles sejam colocados, o que pode acabar gerando custos inesperados de reetiquetagem, por isso fique atento!
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