O Mercado de Nuts
A extração e produção de castanhas diversas faz parte do extrativismo vegetal e vem ganhando destaque no comércio internacional. A busca por alimentos saudáveis e sustentáveis favorecem esse mercado e criam ao setor grandes oportunidades de lucratividade.
Além do seu consumo in natura, as nuts podem passar por processos de beneficiamento como a saborização, elas também podem ser utilizadas como ingredientes de alimentos industrializados como pães, doces e biscoitos.
Devido à alta concentração de vitaminas e minerais benéficos para a saúde humana, não é de se estranhar que a fama desse recurso tão valioso transcendesse as nossas fronteiras, inclusive, nos últimos anos elas têm também entrado no setor de cosméticos sendo utilizadas como ingrediente na produção de produtos capilares e de skin care.
Atualmente, o Brasil com a Bolívia e o Peru são os responsáveis por quase 100% da produção e das exportações de castanhas no mundo todo, e os maiores consumidores desse recurso hoje em dia, são os Estados Unidos e a União Europeia. Para conectar essas oportunidades de negócio com produtores que nasceu a B2Brazil, ao se cadastrar no portal você tem acesso a potenciais compradores do mundo todo. Esse é um mar de oportunidade exportadora para o seu negócio!
O AGRONEGÓCIO
O agronegócio brasileiro, estabeleceu recorde de exportações no primeiro semestre de 2020, com US$ 52 bilhões, conforme demonstrou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, poderá contar com novas protagonistas para, ao lado da soja, algodão, açúcar, carnes, etanol e celulose, expandir-se ainda mais como fator de superavit comercial e abastecimento do País e do mercado externo.
Segundo o International Nut Council (INC) o consumo das nozes, castanhas e frutas secas cresce a uma média anual de 6%. De acordo a Associação Brasileira de Nozes, Castanhas e Frutas Secas (ABNC/nuts) as exportações anuais do país nesse setor passaram a cair depois de 2011, mas a previsão da associação é que as exportações anuais do setor fiquem em torno de US$137 milhões.
A castanha de caju nacional, produzida principalmente no Nordeste, com elevado consumo nacional, representa 3% do mercado mundial. A colheita em 2019, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 122,6 mil toneladas. A castanha do Pará ou do Brasil, no Norte, tem produção de 40 mil toneladas/ano, das quais 70% são consumidos internamente. Sua exploração gera receita anual de R$ 430 milhões, garante o sustento de 60 mil famílias e atividades de 100 cooperativas.
A noz-pecã teve 3,5 mil toneladas colhidas em 2019, o que posicionou o Brasil em quarto lugar no ranking dos maiores produtores, atrás do México, Estados Unidos e África do Sul. É originária da América do Norte. Seu cultivo concentra-se em terras gaúchas, onde, em Cachoeira do Sul, encontra-se o maior nogueiral sul-americano. A macadâmia, originária da Austrália, segundo a entidade representativa dos produtores paulistas, a Apromesp, já tem um milhão de árvores plantadas, num total de seis mil hectares, envolvendo o trabalho de 150 produtores e 1.200 pessoas. Há plantações em São Paulo (40% do total nacional), Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Para aumentar o valor das exportações e tornar o setor mais dinâmico e representativo aproveitando o crescimento do consumo das nuts no mundo, existem desafios imediatos que se ultrapassados podem refletir em aumento de volume e de vendas. Os obstáculos do setor abrangem a desburocratização sanitária, melhoria do registro dos produtos, incentivos tributários, financiamentos e linhas de crédito de longo prazo e a intensa prospecção do mercado internacional.
Alguns desses desafios já vêm sendo combatidos através de medidas como a elaboração de um selo de qualidade que se reconhecido pode ser aceito como referência pelos compradores e consumidores. Além disso, é essencial o apoio aos produtores e o desenvolvimento de pesquisas que potencializem a divulgação dos benefícios das nuts para que seu valor agregado possa aumentar e refletir no interesse dos agricultores para seu cultivo.
DIVERSIDADE
Das oito castanhas e nozes mais consumidas no mundo, quatro estão presentes em território brasileiro são elas: castanha de caju, castanha do Pará, noz-pecã e macadâmia. A castanha do Pará e a castanha de caju são obtidas através do extrativismo vegetal enquanto noz-pecã e macadâmia foram introduzidas no país e são produzidas com intenção de comércio. Além das castanhas e nozes, o Brasil também produz frutas secas como o baru, fruto típico do cerrado e com grande potencial.
A noz-pecã atingiu uma produção de 3,5 mil toneladas em 2019 o que fez o Brasil se tornar o quarto maior produtor dessa noz no mundo atrás apenas do México, Estados Unidos e África do Sul.
Ademais, o cultivo de nuts é extremamente benéfico ao meio ambiente já que suas árvores mesclam-se com as de outras espécies, elas também podem ser cultivadas em terrenos irregulares e montanhosos que majoritariamente são subaproveitados, assim, trata-se de uma cultura sustentável e pode ter alta rentabilidade e vir a fortalecer o agronegócio brasileiro.
O Brasil tem capacidade e potencial para se tornar um dos principais produtores do mundo de nozes e castanhas, lucrando muito com isso. O segmento pode se tornar uma verdadeira galinha dos ovos de ouro do agronegócio nacional, com investimentos e políticas adequadas. Trata-se de uma cultura relevante, distribuidora de rendas, extremamente versátil em sua aplicação na indústria e representativa de benefícios à saúde e ao meio ambiente. O que você está esperando para aproveitar essas oportunidades de negócio?
OPORTUNIDADES INTERNACIONAIS
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