Comércio Bilateral EUA-Brasil: Desafios e Oportunidades em 2024

É uma tradição do comércio internacional brasileiro ter os Estados Unidos como um dos principais destinos e origens de seus bens. Costumeiramente, o saldo da relação entre Brasil e Estados Unidos foi deficitário para os brasileiros, entretanto, a partir da década de 2000, retomou-se o superávit, embora em 2009 tenha ocorrido um déficit em virtude dos reflexos da crise financeira internacional daquele momento.

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Desde 2009, no entanto, os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, ficando atrás da China, apenas, e o volume das importações e exportações varia bastante ano a ano a depender das necessidades de cada país, porém, os números são bem expressivos. Em 2023, por exemplo, a corrente de comércio, que compreende a soma de todas as importações e exportações do período, atingiu US$74,9 bilhões.

Para muitos especialistas, o aumento do fluxo e a recuperação dessas relações depende muito mais do crescimento da diversificação e competitividade nas pautas de exportação do que do alinhamento político, não que este último não seja importante. Ainda há outros que afirmam que para retomar o volume de operações é necessário que o governo realize ações mais concretas para aumentar o acesso a produtos relevantes, porém isso se mostra difícil pois os países competem entre si por diversas commodities no mercado internacional, como o etanol.

Segundo a Amcham, o perfil dos produtos mais negociados entre Estados Unidos e Brasil (manufaturados e insumos para indústria) e o alto número de operações intrafirma favoreceram essa queda grande do comércio. 

Quais produtos são mais negociados entre EUA e Brasil?

O comércio bilateral entre os Estados Unidos e o Brasil é marcado por uma significativa troca de bens, abrangendo exportações e importações que fortalecem as economias de ambos os países. Este relacionamento comercial é caracterizado pela diversidade de produtos, pelo volume comercial significativo e pelas parcerias estruturadas.

O comércio bilateral entre os EUA e o Brasil é dominado por produtos manufaturados e insumos para a indústria. Entre os produtos mais negociados, destacam-se:

Produtos Agrícolas

O Brasil exporta grandes quantidades de soja, café, suco de laranja e carne bovina para os Estados Unidos. Esses produtos são essenciais para atender à demanda do mercado norte-americano.

Petróleo e Derivados

Além das commodities agrícolas, o Brasil exporta petróleo bruto e derivados para os EUA, enquanto importa produtos refinados e químicos.

Aeronaves e Peças

A indústria aeronáutica é um setor significativo, com a Embraer sendo um grande exportador de aeronaves para os Estados Unidos, e a importação de componentes e peças aeronáuticas.

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Equipamentos Industriais e Tecnológicos

Os EUA exportam para o Brasil máquinas e equipamentos para diversos setores industriais, além de produtos tecnológicos de alta complexidade.

Automóveis e Peças

O comércio de automóveis e peças automotivas é robusto, com empresas americanas e brasileiras participando ativamente desse segmento.

Além disso, há alguns outros tipos de produtos, como alimentícios, por exemplo, que necessitam do registro FDA para entrar nos Estados Unidos. Quer saber como obter? Clique aqui!

Como a administração Biden influenciou o comércio EUA-Brasil?

A administração de Joe Biden tem buscado fortalecer as relações comerciais entre os EUA e o Brasil através de diversas iniciativas como os acordos de facilitação de comércio através da redução de barreiras tarifárias e não-tarifárias, melhorando a eficiência dos processos aduaneiros e logísticos.

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A administração Biden também tem enfatizado a importância da sustentabilidade no comércio, incentivando práticas comerciais que respeitem o meio ambiente e promovam a responsabilidade social. Parcerias em áreas de inovação e tecnologia, promovendo colaborações entre empresas e instituições de pesquisa dos dois países, também tem sido uma das estratégias com grande relevância.

Quais são as expectativas para o comércio entre Brasil e Estados Unidos?

As expectativas para o comércio bilateral entre os EUA e o Brasil para os próximos anos são otimistas, com diversas tendências e fatores que apontam para um crescimento robusto:

Espera-se uma diversificação ainda maior dos produtos comercializados, com o Brasil ampliando suas exportações de produtos de valor agregado, como alimentos processados, produtos tecnológicos e serviços.

Com a demanda global por alimentos saudáveis e sustentáveis em crescimento, o Brasil pode aumentar suas exportações de produtos agrícolas para os Estados Unidos e as parcerias em setores tecnológicos, como TI, biotecnologia e energias renováveis, têm potencial para expandir significativamente, aumentando a proximidade entre os dois países.

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