Como exportar bebidas alcoólicas para os EUA?
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Mercado internacional de bebidas alcoólicas
Diversos países são conhecidos mundialmente por causa de suas bebidas típicas, quando se fala em "vodka", por exemplo, logo associamos à Rússia. Quando o assunto é cerveja, a Alemanha é a mais conhecida. Os mexicanos são reconhecidos internacionalmente pela tequila, Cuba pelo rum, Escócia pelo uísque e o Brasil, pela cachaça e pela famosa "caipirinha", que é feita originalmente de cachaça, açúcar e limão.
O vinho, por sua vez, uma das bebidas mais consumidas mundialmente, é bastante conhecido na Itália, França e Espanha, juntos, esses três países somam mais da metade da produção mundial da bebida. Na América do Sul, o Chile se destaca na produção e exportação de vinhos. O Brasil, ainda tímido nesse mercado se compararmos aos grandes players, registrou um aumento significativo na produção de vinhos nos últimos anos, reflexo do aumento da demanda pelos próprios brasileiros, que desde o início da pandemia e as medidas de isolamento, cresceu cerca de 30%.
Participação do Brasil no mercado de bebidas global
Em 1974, foi criada a Associação Brasileira de Bebidas (ABRABE), uma instituição cuja principal finalidade é incentivar o desenvolvimento do setor, promover a criação e aperfeiçoamento dos produtos através de pesquisa, tecnologia e inovação e criar medidas sustentáveis durante os processos de fabricação. Sabemos que o consumo elevado de qualquer bebida pode causar diversos danos à saúde e até mesmo à sociedade, como acidentes de trânsito, brigas ou dependência. Sendo assim, a ABRABE também é responsável pela criação de ações que visam incentivar o consumo consciente de qualquer tipo de bebida, evitando danos maiores para a população.
Ao analisarmos a participação brasileira no mercado global de bebidas alcoólicas, percebemos que ainda temos um longo caminho a percorrer, pois em 2021, por exemplo, a nossa participação nas exportações foi inferior a 0,07%. Analisando alguns dados disponibilizados pelo Ministério da Economia, têm-se que em 2021 o Brasil exportou cerca de 283 mil toneladas de álcool, o que gerou uma receita de US$188,57 em média. Os principais destinos do nosso produto, foram nossos vizinhos sul americanos, sendo o Paraguai responsável por importar mais de 50% de tudo que exportamos. Em seguida, Bolívia, Chile, Argentina, Uruguai e Estados Unidos compõem o ranking dos principais destinos.
O estado de São Paulo se destaca como principal exportador, com cerca de 60% de participação nos embarques, logo em seguida, temos o estado do Rio Grande so Sul e Paraná, que embarcaram 15,2% e 8,46%, respectivamente, de todas as bebidas exportadas pelo Brasil em 2021.
Ao analisarmos o mercado brasileiro pela ótica das importações, temos números bem maiores. Em 2021, por exemplo, o país comprou mais de US$700 milhões em bebidas, sendo o Chile a principal origem, com mais de 25% de participação, seguido do Reino Unido, com 21%, Argentina, Portugal, França e Itália. Nas importações, o estado de Santa Catarina se destaca como o principal no ranking dos que mais demandam bebidas alcoólicas, seguido por São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais.
Órgãos Reguladores: Anvisa, FDA e TTB
No Brasil, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é o órgão responsável pela fiscalização e regulamentação da produção, comercialização, importação e exportação de diversos tipos de produtos que possam comprometer a saúde e o bem estar da população, dentre eles, cosméticos, equipamentos médicos, produtos de higiene, vacinas, medicamentos, alimentos e bebidas. Junto da Anvisa, também temos a atuação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que também atua em questões regulatórias, principalmente quando se trata de alimentos in natura.
Cada país possui a sua própria legislação sobre determinado assunto, a soberania dos Estados permite essa pluralidade de regulamentações e pontos de vista acerca de diferentes produtos. Um exemplo que podemos usar sobre o atual cenário da propagação da varíola dos macacos é a atuação da Anvisa, que permitiu em caráter excepcional a entrada de medicamentos e vacinas contra a doença no Brasil, desde que outros países já tenham concedido a licença, facilitando a aquisição desses produtos, evitando assim uma possível pandemia.
Sabendo da peculiaridade de cada país em relação aos procedimentos sobre a entrada de mercadorias estrangeiras em seu território, vamos analisar o caso dos Estados Unidos e entender como realizar exportações de bebidas brasileiras para o país. Os Estados Unidos possem dois órgãos que regulam a entrada de diversos produtos no país: o Food and Drug Administration, conhecido internacionalmente pela sigla FDA e o Alcohol and Tobacco Tax and Trade Bureau (TTB). Assim como a Anvisa, o principal objetivo desses órgãos é proteger a saúde da população, restringindo assim a entrada de itens que possam oferecer algum risco para a saúde das pessoas. O FDA cuida dos mais diversos tipos de produtos, como alimentos, bebidas não-alcoólicas, produtos de higine e cosméticos, enquanto o foco no TTB é em bebidas alcoólicas e tabaco.
Essas regulações determinam diversas regras sobre todo o processo do produto, que vai desde a fabricação até os demais processos de rotulagem, embalagem, armazenamento, transporte, carga e descarga das mercadorias. Para exportar bebidas para os Estados Unidos, é necessário, no entanto, realizar o registro TTB da sua empresa, a revisão do rótulo e dos ingredientes contidos e o registro da marca.
É por isso que a B2Brazil, por meio do B2B Trade Center, atua com uma equipe de especialistas, advogados e consultores sediados nos Estados Unidos, que auxiliarão você e a sua empresa em toda a burocracia envolvida para que as exportações sejam de fato um sucesso.
Quer entender mais sobre esse mercado com os melhores especialistas do mercado? Conte conosco e vamos levar a cachaça com o seu rótulo para os Estados Unidos e qualquer outro país! Entre em contato agora mesmo!
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