Como a inflação impacta nas exportações e importações?

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Sabemos que política e economia estão interligadas, visto que as decisões tomadas em um âmbito impactam diretamente no outro e vice-versa. Dessa forma, operadores do Comércio Exterior devem estar sempre atentos ao cenário político e econômico a fim de garantir as melhores vantagens para suas operações.

Um índice muito importante a ser analisado frequentemente é a inflação, que consiste no aumento generalizado dos preços dentro de determinado período. A inflação funciona como o termômetro da economia e pode variar a partir de diversos fatores, como a alta demanda por determinado item, que faz com que seu preço aumente gradativamente.

Nos últimos tempos, com a pandemia de Covid-19, que ainda traz diversos malefícios para a nossa vida, e a guerra na região da Ucrânia, diversos países sofreram com a alta inflação. Economias fortes e bem consolidadas como os Estados Unidos e países da zona do Euro notaram pela primeira vez em anos a inflação corroer tão fortemente o poder de compra da população, o que desencadeou, inclusive, diversas greves pelo mundo em busca de reajustes salariais.

Quais variáveis podem afetar as exportações e as importações?

Com a alta inflação em um determinado país, a sua moeda é desvalorizada, gerando então uma queda no consumo da população e um aumento nos gastos como um todo. Tendo como exemplo o dólar americano, que é a moeda mais utilizada nas operações internacionais, a sua cotação está sempre em movimento, visto que o Brasil adota o regime de câmbio flutuante.

Sendo assim, com uma moeda local desvalorizada, ou como falamos popularmente, “com o dólar caro”, há uma diminuição das importações pelo alto preço dos produtos e, consequentemente, menos produtos importados à disposição para a população. Por outro lado, as exportações ganham mais força nesse cenário de desvalorização cambial, pois as empresas veem no mercado externo boas oportunidades de venda dos seus produtos ou serviços por receberem seus pagamentos em uma moeda mais forte. Dessa forma, temos uma tendência de superávit na balança comercial.

Outra grande influência econômica é a questão tributária, seja nas exportações ou importações, motivo de muitas discussões pelo seu alto custo e complexidade no dia a dia das empresas. E para controlar isso, tornando as importações e exportações mais atrativas para as empresas brasileiras, o governo realiza constantemente algumas mudanças a fim de estimular as exportações para que entre cada vez mais capital estrangeiro no país. No que diz respeito às importações, elas também são incentivadas em determinadas circunstâncias através de benefícios fiscais. Quando há alta demanda de algum item que o país não consegue suprir internamente, por exemplo, o governo concede alguns benefícios para estimular a importação dele, mantendo a população abastecida. Nós vimos isso ocorrendo bastante durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19, quando o governo criou a “Lista Covid”, com diversos itens isentos de imposto de importação a fim de fortalecer a entrada deles no país e manter o bem estar e a saúde da população em um momento tão complicado como aquele.

Os Regimes Aduaneiros Especiais são bons exemplos de incentivos para estimular determinado setor e promover o andamento da economia através de benefícios tributários. São alguns dos principais regimes: admissão temporária, drawback, entreposto aduaneiro, ex-tarifário e exportação temporária. Antes de iniciar qualquer operação, vale a pena verificar se os seus produtos se enquadram em algum desses benefícios, proporcionando assim mais economia e eficiência para a sua importação ou exportação. Conheça aqui os principais Regimes Aduaneiros Especiais!

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